top of page

Câmera inspirada em olhos de insetos tira foto de 180 graus

Biomimetismo

Inspirando-se nos complexos olhos dos insetos, uma equipe interdisciplinar e internacional desenvolveu uma câmera digital hemisférica com um campo de visão grande-angular e imagens nítidas, sem aberrações.

Os seres humanos capturam as imagens utilizando duas lentes curvas, os cristalinos dos nossos olhos. Mesmo as câmeras digitais topo de linha têm apenas uma lente, e plana.

A nova câmera - uma meia bolha arredondada, semelhante ao olho saliente de uma mosca - é formada por 180 microlentes dispostas em hemisfério, o que lhe permite tirar fotos em quase 180 graus.

Os pesquisadores afirmam que será simples combinar duas dessas câmeras hemisféricas para obter uma fotografia de 360 graus em apenas uma tomada.


 



Câmera hemisférica

"O que temos, em certo sentido, são vários pequenos olhos em um único grande olho," disse o Dr. Yonggang Huang, da Universidade Northwestern, que havia criado um protótipo de câmera hemisférica em 2011, mas combinando uma lente com sensores planos:

Uma câmera digital superior ao olho humano?
Nesta nova versão, a câmera é verdadeiramente hemisférica.

"Cada pequeno olho, composto por uma microlente e um fotodetector em microescala, é um sistema de imagem separado," diz o pesquisador.

Contudo, quando são postos para trabalhar em conjunto, o "grande olho" captura uma imagem clara de cerca de 180 graus, em uma única tomada.

"Imagens de 180 graus com aberração zero são algo que só se pode obter com sensores de imagem que adotam leiautes hemisféricos - muito diferentes dos chips CCD planares encontrados nas câmeras comerciais," disse o Dr. John Rogers, membro da equipe.

Os olhos compostos dos insetos consistem de um conjunto de olhos menores chamados omatídeos. Cada pequeno olho é constituído por uma córnea e um cristalino independentes.

O número de omatídeos determina a resolução da visão do animal e varia amplamente entre os artrópodes. As libélulas, por exemplo, têm cerca de 28 mil pequenos olhos, enquanto as formigas operárias têm apenas 100. A câmera digital hemisférica fabricada pelos pesquisadores tem 180 omatídeos artificiais.



Sensor 3D

A fabricação da câmera hemisférica começa com circuitos eletrônicos, fotodetectores e matrizes de lentes formadas em superfícies planas, utilizando técnicas avançadas adaptadas da indústria de semicondutores.

A matriz de lentes, feita de um material polimérico semelhante ao usado em lentes de contato, assim como os circuitos eletrônicos, são então alinhados e interligados.

A deformação definitiva é obtida por meio de uma pressão pneumática - um processo muito parecido com encher uma bexiga, mas com uma precisão e um controle muito maiores.

Os detectores eletrônicos e as microlentes - cada pequeno olho individual - são acoplados para evitar qualquer movimento relativo durante o processo de deformação.

As interconexões elétricas têm a forma de serpentina, a mesma usada na pele eletrônica e em outros circuitos eletrônicos flexíveis criados pela mesma equipe.

BIOLOGIA

 

BIOLOGIA

 

  Usar máquinas para sair andando já não é mais coisa de ficção científica.Cientistas desenvolveram uma espécie de exoesqueleto robótico que possibilita que deficientes físicos realizem movimentos básicos, como o caminhar.

A ideia de desenvolver um aparelho que recriasse os movimentos dos seres humanos não é nova, porém havia diversos impedimentos que eram contrários à efetivação desse projeto.

Altos custos, necessidade de muita eletricidade, excesso de volume, inflexibilidade, foram alguns dos empecilhos para criação de pernas que sustentassem o tronco humano e, ainda, realizassem movimentos. Porém, fisioterapeutas e engenheiros da empresa EKSO Bionics criaram um aparelho que funciona como um exoesqueleto robótico.

Fisioterapeutas do Centro Médico Monte Sinai, em Manhattan, foram os responsáveis por um dos testes do produto, realizado em Robert Woo, um arquiteto que foi atingido por sete toneladas de metal que caíram em seu trailer.

Woo foi equipado com o dispositivo de exoesqueleto, preparou-se com ajuda de muletas e então se levantou e saiu andando. “Meus filhos me chamam de Homem de Ferro. Eles dizem: 'Papai, você pode voar também?”, disse Woo.

O aparelho, chamado também de Ekso, funciona quando o usuário aciona um botão que coloca em movimento, aproximadamente, 22 quilos de alumínio e titânio. Segundo informações do site Slate.com a empresa já vendeu cerca de 30 aparelhos para hospitais e clínicas de dez países e pretende colocar o produto no mercado já no próximo ano.

Outras experiências têm sido feitas e uma delas foi através de Claire Lomas, uma mulher paraplégica que, utilizando um dispositivo semelhante, criado por Israel Tecnologias, foi capaz de andar a Maratona de Londres.



Outras empresas também estão se dedicando no desenvolvimento de produtos semelhantes através da tecnologia licenciada pela Ekso. A tendência, portanto é a criação de aparelhos cada vez mais leves, que utilizem menos energia, e que sejam ainda mais flexíveis.

A empresa Lockheed, por exemplo, está trabalhando em um aparelho chamado de HULC – (Human Universal Load Carrier) que, ao contrário do EKSO, não terá acionamento do caminhar por botões.

HULC será criado com a adaptação de aceleradores e sensores de pressão que tornam o exoesqueleto um sistema de direção hidráulica para as pernas. Essa evolução da tecnologia possibilitará que o aparelho leia as intenções do usuário e realize os movimentos com maior leveza.

É possível que um exoesqueleto robótico faça um paraplégico andar?

bottom of page